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A luta antivenérea no Rio de Janeiro (1940-1965)

Título: A luta antivenérea no Rio de Janeiro (1940-1965)

Autoria: Cláudia Patricia Rivera Amarillo

Orientação: Marcos Luiz Bretas

Mestrado em História Social

Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ

Data da Defesa: 01/06/2012

Rio de Janeiro – RJ

Resumo: Este trabalho é uma aproximação histórica à luta antivenérea no Rio de Janeiro entre os anos 1941 a 1965. Neste período, a perda da legitimidade da eugenia e a aparição dos medicamentos de origem biológica configuram o quadro no qual os sifilógrafos do Brasil enfrentaram o imperativo de transformar suas estratégias e seus marcos de referência, que conduziram na década de 1960 à desaparição da sifilografia como especialidade médica no país e no mundo. Durante esses anos, nasceu um novo grupo de culpáveis do contágio de doenças venéreas, além das prostitutas, tradicionalmente responsabilizadas pelas dimensões da doença: os homens homossexuais, considerados como duplamente algozes por ser homossexuais e por ser contagiantes de doenças venéreas. Além disso, uma nova geração de bactérias resistentes aos antibióticos começava a fazer estragos nas populações e os médicos não sabiam como deter o avanço dos microorganismos. Estavam sendo testemunhas do excesso de sexo, mas também do excesso de medicalização e das nefastas consequências que a prescrição descontrolada de medicamentos de origem biológica geravam. Ao mesmo tempo a sífilis, a inimiga interior exposta durante oitenta anos de luta, voltava a se ocultar nas sombras, fora da vigilância especializada, mas notável e crescente nas novas gerações, vítimas não tão inocentes quanto ignorantes de sua destruição.


Palavras-chave: História da Medicina; Doenças Venéreas; Rio de Janeiro; Prostituição; Século XX

Fonte: Catálogo de dissertações e teses da UFRJ

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