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Corpos queer escapam: interdições e resistências dos corpos e do gênero em filmes argentinos do início do século XXI

Título: Corpos queer escapam: interdições e resistências dos corpos e do gênero em filmes argentinos do início do século XXI

Autoria: Renata Santos Maia

Orientação: Janine Gomes da Silva

Doutorado em História

Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC

Data da Defesa: 13/03/2020

Florianópolis – SC

Resumo: O que faz os corpos serem alvo do interesse e do controle por parte de tantas instituições na determinação da sua sexualidade, da sua identificação de gênero e da aparência do seu sexo biológico? É com o auxílio do potencial de inserção social que o cinema possui que problematizo, nesta tese, as interdições e as resistências dos corpos e do gênero, a violência sofrida pelas pessoas que se encontram à margem da sexualidade e da corporeidade dominantes e os discursos que insistem em tratar as identidades trans e intersexuais como distúrbios e/ou anomalias. As fontes principais utilizadas são os filmes: XXY (2007), dirigido por Lucía Puenzo, El último verano de la Boyita (2009), da cineasta Julia Solomonoff, e Mía (2011), do diretor Javier Van de Couter. Ao longo da escrita as discussões sobre os filmes são tangenciadas pela relação entre História e cinema, os estudos de gênero, queer e decoloniais, entre outros. Busquei, neste trabalho, apresentar uma visão crítica a respeito do audiovisual e o seu impacto social, econômico e, sobretudo, na construção das subjetividades. Esta é uma tese que parte da perspectiva da História para fazer a análise dos filmes, entendendo-os como documentos formados por camadas de discursos, imagens, códigos sociais e culturais, e construções de gênero que concorrem para a constituição dos sujeitos. A análise feita a partir dos filmes mencionados demonstra que os corpos queer – esses corpos “estranhos” e inconformes – estão reiteradamente à mercê da disputa de narrativas que intentam estabelecer conhecimentos hegemônicos a seu respeito. Por outro lado, é possível notar que tais corpos e sujeitos mantêm a sua resiliência no sentido de desnormatizar o desejo, o sexo e os modelos binários das conformações corpóreas.

Palavras-Chave: Gênero, Cinema, Corpos, Sexualidades

Fonte: Catálogo de Dissertações e Teses Capes

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