Título: Da cara da morte para a cara viva da Aids: a transição expressa nas campanhas do Dia Mundial de Luta Contra a Aids (1989-2014)
Autoria: Lissandra Queiroga Ramos
Orientação: Dilene Raimundo do Nascimento
Mestrado em História das Ciências
Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz
Data da Defesa: 16/06/2016
Rio de Janeiro – RJ
Resumo: Com a introdução de novas perspectivas e novos objetos como ferramentas metodológicas do campo historiográfico, a AIDS têm sido explorada no campo da História das Doenças. Neste trabalho, pretendemos identificar as mudanças e permanências no imaginário da AIDS, a partir da análise de campanhas do Dia Mundial de Luta contra a doença, no Brasil, entre os anos de 1989 a 2014. A introdução de medicamentos antirretrovirais, a partir de 1996, no tratamento da AIDS, representou uma mudança significativa da doença no que tange a ressignificação de sua imagem, do diagnóstico positivo para o HIV no início da epidemia, em 1980, para os dias atuais. A sentença de morte foi substituída, gradativamente, pelo aumento da sobrevida dos soropositivos, e, com isso, a cara da morte da AIDS tornou-se viva. Em comparação com o século XX, as campanhas do Dia Mundial de Luta contra a AIDS, da última década, trazem novas questões no combate à doença como o incentivo ao teste anti-HIV, bem como o incentivo ao tratamento com antirretrovirais, ambos de forma precoce. Porém, observa-se a permanência de antigas questões relacionadas à AIDS, que foram recorrentes no século XX, como o combate ao preconceito e o incentivo ao uso do preservativo nas relações sexuais. Os novos desafios, apresentados com a mudança dos efeitos da doença sobre a vida dos indivíduos soropositivos, nos permitiu diversificar os estudos historiográficos sobre a AIDS e lançar novas perspectivas no campo de História das doenças.
Palavras-Chave: Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; Promoção; da Saúde; Antirretrovirais; História das Doenças
Fonte: Catálogo de Dissertações e Teses Capes
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