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Revolução política e revolução dos costumes: a construção da geração 68 brasileira – comportamento, sexualidade, gênero e memória

Título: Revolução política e revolução dos costumes: a construção da geração 68 brasileira – comportamento, sexualidade, gênero e memória

Autoria: Johnnatan David Bias Monteiro

Orientação: Janaina Martins Cordeiro

Mestrado em História

Universidade Federal Fluminense – UFF

Data da Defesa: 07/04/2017

Niterói – RJ

Resumo: Em quase cinco décadas, os movimentos de contestação social ocorridos em 1968 foram periodicamente revisitados, tanto em termos acadêmicos quanto em termos políticos e culturais. No que tange aos resultados destes movimentos no Brasil, em relação aos impactos sobre os comportamentos e costumes, sobretudo das juventudes, muito se tem levantado. Entretanto, inúmeras perspectivas não dão conta da enorme complexidade do período, na medida em que se prendem muitas vezes, à determinadas batalhas de memória social. Por sua vez no contexto brasileiro, tal memória das transformações comportamentais ajuda a conciliar algumas esferas sociais que se acomodaram à ditadura civil-militar instaurada em 1964, com a memória dos grupos de jovens estudantes, artistas, intelectuais e trabalhadores que de alguma forma enfrentaram as brutalidades do regime. Assim, o seguinte trabalho tem como objetivo apresentar um panorama que permita entender o ano de 1968 como um ponto de convergência não monolítico dentro do processo de grandes transformações sociais, políticas e culturais que se desenvolviam ao longo do século XX. Desta forma observando os usos do passado que permitem a conciliação social em torno da memória da ditadura civil-militar brasileira, através do silenciamento da importância das lutas de oposição política e revolucionária em contrapartida à exaltação das questões comportamentais. Simultaneamente, serão analisadas algumas obras que trataram sobre o movimento de 1968 e seus desdobramentos, produzidas por ocasião das proximidades dos aniversários redondos de 1968: 1978, 1988, 1998 e 2008. Estas produções serão analisadas de acordo com as conjunturas sociais em que foram produzidas, na tentativa de se compreender o percurso pelo qual a memória social do período se desenvolveu relativas às transformações nos costumes, comportamentos, sexualidade e relações de gênero. E por fim, será explorada na dissertação a trajetória do militante estudantil, guerrilheiro e exilado político Herbert Daniel e como sua homossexualidade foi vivida no decorrer deste processo, atentando principalmente para o período de sua militância política revolucionária. Pretende-se verificar, assim, as formas a partir das quais as esquerdas lidavam com a homossexualidade. Da mesma forma, a proposta é também verificar se as organizações armadas de esquerda, por si só, seriam espaços privilegiados para as práticas de oposição à sociedade capitalista e seus valores. Sendo o movimento de luta armada, devido à intervenção concreta que tentou realizar na sociedade, um dos mais 6 significativos processos, que se entrelaça a narrativa de parte da chamada “geração 68” no Brasil.

Palavras-Chave: contestação social; os comportamentos e costumes; complexidade do período; ditadura civil-militar; Herbert Daniel

Fonte: Catálogo de Dissertações e Teses Capes

Acesse o trabalho completo clicando aqui

Posted in 2017, dissertação, RJ, UFF

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